terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A chuva nossa de cada dia...

Uma amostra de UMA VIDA DE PESO...

Minha secretária eletrônica piscava quando eu finalmente entrei no meu apartamento naquela fria noite de outubro. Larguei meus sapatos sobre uma poltrona e sem querer (mais uma vez) pisei no rabo do pobre Woodstock, meu gato siamês que Noah havia me dado em nosso último aniversário de namoro. O coitadinho urrou de dor.



Havia três mensagens. Era um dos meus passatempos preferidos: tentar adivinhar quem havia me ligado enquanto eu estava trabalhando. A primeira opção era minha mãe. Ninguém informara à ela o preço de uma ligação internacional da Irlanda para o Brasil, caso con-trário, ela não me ligaria dia sim, dia não, com tanta insistência. De-pois, tinha Helena, que na certa iria reclamar de eu ter perdido meu celular (de novo!) e dela não conseguir falar comigo durante o dia. Quase sempre, ela tinha uma novidade que salvava minha noite. E a última alternativa era Noah, que me ligava pelo menos duas vezes na semana, tentando me convencer a voltar para a Irlanda e para os seus braços. Afinal, onde eu estava com a cabeça quando o abandonei?
Apertei o botão.

Piiii... MENSAGEM UM: Beatriz, sua ingrata... não lembra mais que tem mãe, não? Seu pai e eu não temos noticias suas desde o mês passado. Faça esforço e lembre de ligar pra nós quando der, está bem? Ah... o Noah esteve aqui ontem. Está tão magro que parece um cabo de vassoura. Crie vergonha na cara e ligue pra ele também! Um beijo!

Piiii... MENSAGEM DOIS: Beatriz, é Helena... não consigo acreditar que você perdeu seu celular outra vez! Por que não tenta andar com ele dentro do sutiã o tempo todo? Desde ontem quero te contar uma coisa. Nem o Luís sabe ainda! Me liga, quando ouvir a mensagem, tchau!

Piiii... MENSAGEM TRÊS: Boa noite, Alcobaça! Aqui é Beatriz Noyale do jornal. Estou ligando para pedir desculpas pela minha intromissão no episódio da sua matéria hoje à tarde. Sei que cheguei ao jornal depois de você e tenho bem menos experiência. Acho que ficou claro que você não gostou. Gostaria que aceitasse minhas sinceras desculpas! Ah... seu desenho ficou lindo! O “Ruy” também adorou!

Dois a um não era um placar tão ruim assim.

Eu me diverti muito escrevendo essa história. Muitas das minhas experiências como gordo estão nesse livro. Se em toda a história, você der pelo menos uma gargalhada sincera, meu trabalho já terá valido a pena.
Abração - Rafael

domingo, 15 de janeiro de 2012

Uma amostra de SEGREDO DE SANGUE, meu terceiro livro...

"Três pessoas podem manter um segredo, se duas delas estiverem mortas."
                                                                                                 (Benjamin Franklin)
A jovem Isabella não concorda com o novo casamento de sua mãe. Afinal, só se passaram doze meses desde a morte de seu pai. Mas é fora de casa, no mundo, que ela dará início a sua grande aventura.
 
Na mesma cidade, o jovem Davi luta para ser mãe e pai de seu irmão caçula Mateus. Há exatos cinco anos, seus pais morreram num acidente de carro que deixou muitas sequelas na vida e na mente deste rapaz. Ele tem um segredo. Um segredo que mudará o rumo de muitas vidas.
 
 
Parte da história de SEGREDO DE SANGUE nasceu em 2001, quando eu ainda me arriscava como escritor. Minha esposa, que na época era minha namorada, empolgou-se tanto com o enredo, que me fez prometer que um dia concluiria a história de Isabella e Davi.
Alguns personagens sairam, outros entraram, mas o SEGREDO continua.
 
Abração a todos.