domingo, 17 de fevereiro de 2013


Alguém aí já ouviu falar em HINDRA?

Logo, logo todos irão conhecer esse lugar cheio de mistérios, para onde a jovem LIAH SVEN é mandada. Sua missão? Salvar o lugar de um tirano maldito que assassinou covardemente seu pai, o Rei Gavin.


Desabafo

O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem.
Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis. Conheci poucas em meus 31 anos de vida. Algumas ainda permanecem ao meu lado. Outras, a vida levou.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Tomar um ONIBUS é uma arte


Tomar um ônibus numa cidade grande como Belém pode ser uma arte. Dolorosa e cruel na maioria das vezes, mas ainda assim, uma arte. Você levanta cedo (às vezes antes mesmo do galo cantar) e, ainda no escuro, sai tateando o caminho até o banheiro, rezando para não bater aquele seu pé cuja unha está mortalmente encravada numa parede qualquer.
            Só quando a água fria sacode seu espírito, é que você se dá conta de que realmente acordou. E de que lhe restam poucos minutos para chegar à parada na hora exata em que o seu ônibus costuma passar. Em Belém, algumas linhas de ônibus são como o Cometa Halley, se você perder, leva um tempão até que passe outro.
            Você sacrificou seu café da manhã e nem teve tempo de ligar a TV para saber das primeiras notícias do dia. Mas, às seis e meia em ponto, lá está você em ponto de bala, pronto para ir ao trabalho. O ônibus se aproxima, mas, sem motivo algum, passa direto por você e por todas as outras pessoas que também o aguardavam. Você fica triste, já que ele vinha vazio. Todos ali ficam desnorteados. Mas ninguém tem tempo para desanimar. Por sorte, outro ônibus da mesma linha se aproxitmava. Lotado, como era de se esperar.

            Depois do empurra-empurra inicial, você consegue se espremer até chegar à roleta. Enquanto faz malabarismos dignos do Circo de Soleil, uma mulher grande e nada leve pisoteia seu pé (aquele da unha encravada!). Urrando de dor, você se arrasta até o fim do ônibus, onde um assento vazio brilha em meio aquela escuridão. Mas, quando você se aproxima, vê que o banco está sujo de algo verde e gosmento (talvez vômito de criança).

            De volta à selva de pessoas, você troca cotoveladas com um moleque de dezesseis anos por um assento que acabara de ficar livre. No fim, você vence. É uma cadeira sozinha, isolada das outras, o que significa que ninguém sentará do seu lado. É maravilhoso sentir a brisa matinal bater em seu rosto imóvel e despreocupado. Você finalmente está feliz. Pelo menos até um senhor idoso, de mais ou menos uns 150 anos se aproximar e te dizer que quer sentar.

            Meio sem jeito, mas exercendo seu papel de bom cidadão, você cede seu lugar a ele. De volta ao corredor do ônibus, a gorda que esmagara seu pé da primeira vez volta a cruzar o seu caminho. Mas o pé que sofre o dano agora é o outro, que ainda estava inteiro.

            Você chega ao trabalho já cansado. Definitivamente, tomar um ônibus é uma arte.