sábado, 7 de maio de 2016

A FINA FLOR DA EMOÇÃO


Eu demorei cinco longos anos para concluir esta história e até hoje, seis anos após o fim dessa prazerosa tarefa, sinto um vazio que metáfora nenhuma é capaz de descrever. Já escrevi outros livros, mas este sempre será o de estimação, aquele cuja simples menção do nome, arrepia-me inteiro. Talvez porque tenha sido a primeira história que escrevi inteira. As outras, que iam ficando caídas pelas veredas da criatividade, acabaram esquecidas, deixadas de lado.
Ainda hoje, penso que HELENA MORAES é uma heroína romântica às avessas, pois vai contra tudo o que a escola romântica prega, em muitos momentos da trama. No fim, quando o coração fala mais alto, eu não poderia permitir que ela não fosse feliz.
Das três partes na qual o livro está dividido, aquela que me deu mais trabalho e que me foi mais prazerosa a companhia foi a segunda - CRESCER É VIVER. Em 2005, ainda não há havia smartphones por todos os lados como acontece hoje. Grande parte desde livro nasceu no CENTUR, a Biblioteca Pública aqui de minha cidade. Parte dele ainda permanece escrita à mão num caderno universitário, daqueles de dez matérias, que muitos de nós já compramos e usamos algum momento. As pesquisas sobre a Irlanda, Molly Malone e a grande fome irlandesa só não eram mais prazerosas do que a minha vontade de terminar esta história. Julguei que Helena merecia que eu terminasse.
E hoje, que meus alunos leem e releem este, digamos, clássico, eu ainda me emociono com seus comentários, elogios e críticas sobre a obra. E digo a eles: eu faria tudo de novo se tivesse a chance.