Hoje eu ouvi uma frase vinda de minha filha de cinco anos que me chamou demais a atenção. "Pai, hoje quando minha professora pediu pra eu segurar a bandeira do Brasil na escola no desfile, eu fiquei com vergonha, que nem você".
Eu nem lembrava mais de uma conversa que nós havíamos tido há um tempo, na qual eu contava a ela que, quando estudante, eu era uma criatura estupidamente tímida e acanhado além da conta. Na verdade, talvez fosse até mais do que isso. Lembro com exatidão que eu mal respondia chamada. Com dificuldade levantava o braço.
Quando soube que seria pai, pedi a DEUS que minha filha não herdasse nenhuma das minhas, digamos, mazelas. Lembrei até da enxaqueca, mas acabei esquecendo da timidez, vejam só que pai desnaturado.
Um conselho aos tímidos, como eu: isso não tem cura. Mas tem controle. E o controle é tão bom que você nem lembra que sofre desse mal.
Falo sério, perguntem aos meus alunos como dou aula. Faço piadas, imito gente importante, se preciso for, faço até caras e bocas. Em sala, nós, professores, somos como atores no teatro. A aula é a peça. A timidez fica na porta da sala, num saco, aguardando o fim do espetáculo.
CARPE DIEM pra todo mundo. Bom fim de semana!
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